terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Educação e Literacia

Reflexão sobre o percurso de aprendizagem em Processos Pedagógicos em ELearning


Uma reflexão sobre um percurso de aprendizagem não se revela fácil, sobretudo quando essa reflexão se debruça sobre conteúdos tão sensíveis quanto os que foram abordados ao longo da unidade Processos Pedagógicos em Elearning e com o grau de profundidade e rigor exigidos ao longo de todo o trabalho desenvolvido.
A unidade curricular centrou a sua atenção em três grandes temáticas: A Pedagogia do ELearning, As Práticas Pedagógicas em ELearning e o Desenho da Aprendizagem Online.

Na primeira temática, A Pedagogia do Elearning, foram requeridas duas atividades que foram realizadas e cujos links se disponibilizam:

Atividade 1A

Atividade 1B

Com a realização destas duas atividades iniciou-se um período de muita aprendizagem… Evidenciaram-se os meus pontos fracos e fortes e muitas arestas houve necessidade de limar… Existe sempre a possibilidade de fazer mais e melhor, e considero que poderia ter feito melhor; considerei positiva esta perceção porque possibilitou que, em trabalhos produzidos posteriormente, evitasse algumas incorreções e evoluísse em termos de uma melhor produção de trabalho académico.

No entanto, através das várias leituras efetuadas, consegui aprofundar muitos conceitos e focar a minha atenção em pormenores que, embora adquiridos em formações anteriores, não tinham sido objeto de uma análise tão precisa.

Na segunda temática, As Práticas Pedagógicas em Elearning, foram requeridas duas atividades que, no seu todo, deram origem à seguinte produção:

Sem dúvida que constituiu um desafio a produção do artigo científico e envolveu muito trabalho de pesquisa, muita leitura adicional. Em termos de conteúdo, aprendi muito… Os entrevistados são professores de referência, o seu trabalho a nível pedagógico e científico constitui um marco no meu processo de aprendizagem. Recebi todo o apoio do Professor Morten Paulsen e da Professora Lúcia Amante e aos dois quero enviar os meus agradecimentos, embora já o tenha feito de forma pessoal.  

Aprendi, com estas atividades, a controlar o excesso de informação… Por vezes o entusiasmo pode ser nosso inimigo e podemos ser induzidos a dar azo a demasiada informação e a não reduzir esta ao desejável, atendendo ao contexto. Em termos de conteúdo, o conjunto de aprendizagens é muito significativo, possibilitando a interligação de uma série de problemáticas que foram abordadas ao longo da unidade curricular.

Na terceira e última temática, Desenho da Aprendizagem Online, realizou-se o último desafio: a construção de um curso online e a planificação exaustiva do mesmo, bem como toda a fundamentação pedagógica do curso. Esta atividade constituiu um apelo a múltiplas aprendizagens e ao desenvolvimento de um número elevado de competências, tais como, elaborar um curso online, desenhar um curso online, fundamentar em termos pedagógicos um curso online, escolher a plataforma correta, trabalhar com o Moodle, etc, etc, … Muita informação, muitos pormenores… Foi um período de entrega e de recolha de documentação muito intenso mas de grande satisfação pessoal. Disponibilizo o documento do plano do curso Educação e Literacia
e a plataforma de elearning escolhida para o desenvolvimento do curso

Ao longo de todo este percurso, tive sempre, como apoio indispensável, o Professor José Mota que manifestou um empenho e uma capacidade de trabalho fora do comum. Encontrei sempre um professor disponível para me fornecer um feedback atempado, frontal, demonstrando com a mesma facilidade as minhas virtudes bem como os meus defeitos em termos académicos. O facto de ter como característica específica, a exigência de um grande rigor em determinados pormenores, fez-me crescer em determinados aspetos que anteriormente não tinham sido explorados. Agradeço-lhe pela minúcia e pelo olhar atento que possibilitaram a aquisição de competências que se encontravam inexploradas.

Para além da presença do professor José Mota ao longo do meu percurso, pude contar com a interação produtiva com alguns colegas de mestrado que me acompanham na minha jornada académica há já muito tempo, com quem troco frequentemente ideias, permitindo uma partilha de aprendizagens conjunta que muito valorizo; são pessoas que muito aprecio pela sua dedicação e trabalho e pela sua postura face à aprendizagem.

Terminada esta etapa do meu roteiro, espero que novos desafios se apresentem no meu caminho e que a cada desafio que me é colocado eu possa responder com a mesma determinação e gosto pela aprendizagem que penso ter demonstrado nesta unidade curricular.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Método de Recolha de Dados - A Entrevista (2ª Parte)


Segundo Carmo (2008), o inquérito por entrevista deve ser utilizado em certos contextos e evitado noutros. Deve ser utilizada nos casos em que o investigador não dispõe de informação disponível, ou em situações em que deseja comprovar as informações de que dispõe junto a fontes que lhe merecem confiança.
A entrevista é um recurso eficaz para recolher dados quando o tempo disponível não é muito e quando se entende que existem especialistas qualificados que podem corresponder ao desejado.
De qualquer forma, devemos ter em atenção que, ao selecionar um determinado tipo de informação, estamos a rejeitar outras igualmente fiáveis.

Segundo Madelaine Gravitz (1993), a classificação das entrevistas pode ser feita de acordo com o grau de liberdade dada ao entrevistado e o grau de profundidade da informação obtida. Assim sendo, podemos ter entrevistas dominantemente informais como a entrevista clínica ou a entrevista em profundidade; entrevistas mistas como a entrevista livre ou a entrevista centrada; entrevistas dominantemente formais como as entrevistas com perguntas fechadas e as entrevistas com perguntas fechadas.
Ainda segundo Carmo (2008), existem prós e contras no inquérito por entrevista e no inquérito por questionário.
Os prós podem ser sumariados nos seguintes pontos:
Nos inquéritos por entrevista – Flexibilidade quanto ao tempo de duração; adaptação a novas situações e a diversos tipos de entrevistados; a profundidade, dado que permite observar o entrevistado e colher informações íntimas ou de tipo confidencial.
Nos inquéritos por questionário – Sistematização; maior simplicidade de análise; maior rapidez na recolha e análise de dados; menos dispendioso.
Os contras podem ser sumariados nos seguintes pontos:
Nos inquéritos por entrevista – Requer uma maior especialização por parte do investigador; é mais dispendioso; gasta mais tempo.
Nos inquéritos por questionário – Dificuldades de conceção; não aplicável em toda a população; elevada taxa de não respostas.
No entanto, a classificação da entrevista depende muito do tipo de abordagem e do tipo de análise que desejamos tomar como ponto de partida.
Quanto ao número de sujeitos inquiridos distinguem-se os seguintes tipos de entrevistas:
Individual - quando o objetivo da entrevista se centra na vida de um indivíduo e tenta explorar o que de interesse pode existir na atividade profissional, no conjunto de interesses, no domínio do saber específico dominado pelo entrevistado.
Grupo - quando se pretende explorar um universo de opiniões, de atitudes ou de comportamentos; pode ser utilizado este processo de recolha de dados quando se pretende inferir sobre consensos ou divergências em relação a qualquer temática. Os assuntos de natureza pública também são alvo desta preferência de recolha de informação.
Social - um indivíduo, ou vários, pode(m) ser avaliado(s) por um ou mais entrevistadores de uma forma informal.
Painel - um indivíduo é entrevistado por várias pessoas em conjunto.
Relativamente aos temas em análise podemos classificar as entrevistas em:
Entrevista de controlo - entrevistas pós-experimentais que verificam a experiência efetuada dentro de um contexto, ou seja a entrevista não é a técnica de eleição, nem o instrumento.
Entrevista de Verificação - utilizada quando desejamos investigar qual a evolução de um determinado estudo.
Entrevista de Aprofundamento - utilizada quando pretendemos explicar algo que não é suficientemente claro.
Entrevista de Exploração - utilizada para desbravar um domínio ainda pouco conhecido.
Quanto à estruturação podemos classificar as entrevistas em:
Entrevista não estruturada ou aberta - o entrevistador propõe um tema que é discutido entre os dois intervenientes como se de um diálogo informal se tratasse. Embora possua a vantagem das questões poderem ser individualizadas e surgirem sem um guião muito rigoroso, tem a desvantagem de necessitar de muitas competências e prática por parte do entrevistador.
Entrevista Semi- Estruturada - caracteriza-se por existir um guião que serve de orientação ao longo da realização da entrevista, embora a flexibilidade na forma como as questões são colocadas seja a marca dominante. Evidencia-se ainda uma grande adaptação do entrevistador ao perfil do entrevistado. Embora permita uma considerável otimização do tempo disponibilizado e permita a seleção das temáticas a aprofundar, ainda assim é necessária uma boa preparação por parte do entrevistador.
Entrevista Estruturada - Este tipo de entrevista é caracterizada pelas questões fechadas com o objetivo de recolher dados sobre a amostra. O guião de entrevista é escrupulosamente seguido, sendo a avaliação das respostas muito reduzida durante a entrevista. Assumem a vantagem de serem de mais fácil análise e tratamento posterior e permitem a replicação posterior; no entanto, reduzem a espontaneidade do entrevistado e do entrevistador, não permitem o aprofundamento de pontos que vão surgindo ao longo da entrevista e não tem em linha de conta as circunstâncias pessoais.

Referências Bibliográficas

Carmo, H. (2008) “Metodologia da Investigação – Guia da Autoaprendizagem”, Lisboa, 2ªedição, UAB.
Grawitz, M. (1993) “Méthodes des Ciences Sociales”, Paris, Dalloz, 9ª edição.
Sites consultados


domingo, 4 de dezembro de 2011

Atividade 6 de Ambientes Virtuais de Aprendizagem

Mais um desafio nesta unidade curricular... Criar um trilho, utilizando as potencialidades do Google Maps e do WildKnowledge, para criar um recurso onde o m-learning se pudesse aplicar num contexto educativo.

O WildKnowledge é uma aplicação criada com o intuito de potenciar os fins educacionais, sociais, comerciais ou individuais dos dispositivos móveis, através da possibilidade que concede de armazenar e gerir informação, utilizando o WildKey, o WildForm, o WildImage e o WildMap.
A minha infância foi passada num local previlegiado de Lisboa e as minhas rotinas estabeleceram-se entre o bairro da Ajuda e Belém pelo que percorri vezes sem conta todas aquelas ruas e o meu imaginário foi-se alimentando de todas as histórias que ouvi sobre os locais que eram marcos nas minhas caminhadas diárias. 
Assim sendo, entendi que daria um recurso educacional com alguma potencialidade, fazer uma visita de estudo no âmbito da disciplina de História de Portugal, do 2º Ciclo do Ensino Básico, utilizando o trilho que assinalei e permitir que os alunos, uilizando o código QR, percorressem, sob a orientação do professor responsável, as ruas marcadas no Google Maps e identificassem os pontos alvo pelas fotografias disponibilizadas nos pontos de referência.  

O percurso inicia-se no Palácio da Ajuda e passa por vários pontos de referência que podem ser consultados na seguinte montagem:

Os alunos deverão iniciar o trilho lendo o código QR que dá acesso ao mapa do Google Maps com o seu telemóvel e, em cada ponto de referência, tirar uma foto do local para, posteriormente, elaborar um álbum com notas históricas sobre todos os locais visitados e qual a sua importância num determinado contexto.


Pesquisando no Google Maps, existe uma ferramenta, no modo de edição, que permite tirar fotografias localizadas sem que nos tenhamos de deslocar ao local. Experimentei a ferramenta e os resultados são bastante satisfatórios.
Gostei muito de realizar o percurso no Google Maps e entendo que em termos educacionais e pessoais pode ter uma grande utilidade.
Aparentemente acessível, esta foi uma atividade que consumiu bastante tempo e que envolveu o recurso a uma série de ferramentas adicionais, o que possibilitou a interligação de potencialidades.

 



terça-feira, 29 de novembro de 2011

Reflexão sobre a atividade 5


Em Ambientes Virtuais de Aprendizagem temos vindo a explorar as várias capacidades do telemóvel enquanto instrumento potenciador de aprendizagem formal e informal. Entre as muitas atividades realizadas até à data, a atividade 5 incidiu sobre a utilização de códigos QR como forma de organizar a informação e para aceder rapidamente a determinados locais da Web.

Faz sentido, no contexto deste post, informar o leitor sobre o que representam os códigos QR e quais as suas funcionalidades.

Segundo Moura (2011), o Qr Code (Quick Response Code) é um código de barras em 2D, que representa uma matriz criada pela empresa japonesa Denso-Wave, em 1994. O código pode ser lido de uma forma muito rápida com câmaras digitais em formato VGA, de baixa resolução, como, por exemplo, as que são implementadas nos telemóveis.

Inicialmente, estes códigos foram utilizados para a catalogação de informação ou gestão de inventários na indústria. No entanto, a partir de 2003 o mercado começou a apostar no desenvolvimento deste tipo de aplicações nos telemóveis. Alguns telemóveis mais recentes já possuem este tipo de tecnologia, outros necessitam da instalação prévia. Sites como Kaywa Reader, I-nigma, permitem descarregar para o telemóvel o software necessário.

Segundo Moura (2011), os dispositivos móveis como os telemóveis, os PDA, os Pocket Pc ou os Tablets, têm vindo a ser utilizados como ferramentas de aprendizagem em Mobile Learning. O facto de ser por demais evidente que se colocam novos desafios nos cenários educativos dado que as novas tecnologias apresentam potencialidades que dificilmente se contestam, obriga todos os que pertencem a comunidades ligadas à educação, a reformularem a sua postura e a repensar as oportunidades de integrar os dispositivos móveis no processo de ensino e aprendizagem.

A atividade 5 conduziu-me à reflexão de como poderia utilizar os códigos QR para potenciar a aprendizagem em contexto de sala de aula. Ao pesquisar sobre a matéria surgiu um link extremamente interessante sobre 40 Interesting Ways to Use to QR Codes in the Classroom.

A atividade proposta correu bem à exceção de um dos links que não consegui abrir, mas que não teve muita influência no trabalho desenvolvido. A quiz disponibilizada para resolução não abria no telemóvel e após várias tentativas mal sucedidas, acabei por desistir. O primeiro código disponibilizado conduzia a uma explicação bastante detalhada do que são os códigos QR e qual o seu percurso histórico.

Fazendo um balanço da situação, entendi como sendo muito positiva esta abordagem da utilização dos códigos QR porque possibilitou a aprendizagem de mais uma ferramenta para motivar a aprendizagem recorrendo aos dispositivos móveis.



Referências Bibliográficas
Barrett, Tom. “40 Interesting Ways to Use to QR Codes in the Classroom”

Disponível em:
https://docs.google.com/present/view?id=dhn2vcv5_765hsdw5xcr&revision=_latest&start=0&theme=blank&authkey=COX05IsF&cwj=true&pli=1&ndplr=1
Acedido em 28 de Novembro de 2011

Moura, Adelina. (2011). “Apropriação do telemóvel como ferramenta de mediação em mobile learning : estudos de caso em contexto educativo”. Tese de doutoramento em Ciências da Educação - Especialidade de Tecnologia Educativa.
Disponível em:
https://repositorium.sdum.uminho.pt/handle/1822/13183
Acedido em 28 de Novembro de 2011

Moura, Adelina. (2011) “QR Code - uma tecnologia da era móvel” in Mobile Learning 21.
Disponível em:
http://moblearn21.blogspot.com/2011/04/qr-code-uma-tecnologia-da-era-movel.html
Acedido em 28 de Novembro de 2011