Este é um blogue que pretende ser o relato de um conjunto de aprendizagens realizadas no âmbito da 5ª Edição do Mestrado em Pedagogia do E-Learning da Universidade Aberta. Sou Estela Gomes e a todos que me honrarem com a sua visita dou as boas vindas.
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terça-feira, 7 de fevereiro de 2012
Reflexão sobre o percurso de aprendizagem em Processos Pedagógicos em ELearning
Uma reflexão sobre um percurso de aprendizagem não se revela fácil, sobretudo quando essa reflexão se debruça sobre conteúdos tão sensíveis quanto os que foram abordados ao longo da unidade Processos Pedagógicos em Elearning e com o grau de profundidade e rigor exigidos ao longo de todo o trabalho desenvolvido.
A unidade curricular centrou a sua atenção em três grandes temáticas: A Pedagogia do ELearning, As Práticas Pedagógicas em ELearning e o Desenho da Aprendizagem Online.
Na primeira temática, A Pedagogia do Elearning, foram requeridas duas atividades que foram realizadas e cujos links se disponibilizam:
Atividade 1A
Atividade 1B
Com a realização destas duas atividades iniciou-se um período de muita aprendizagem… Evidenciaram-se os meus pontos fracos e fortes e muitas arestas houve necessidade de limar… Existe sempre a possibilidade de fazer mais e melhor, e considero que poderia ter feito melhor; considerei positiva esta perceção porque possibilitou que, em trabalhos produzidos posteriormente, evitasse algumas incorreções e evoluísse em termos de uma melhor produção de trabalho académico.
No entanto, através das várias leituras efetuadas, consegui aprofundar muitos conceitos e focar a minha atenção em pormenores que, embora adquiridos em formações anteriores, não tinham sido objeto de uma análise tão precisa.
Na segunda temática, As Práticas Pedagógicas em Elearning, foram requeridas duas atividades que, no seu todo, deram origem à seguinte produção:
Sem dúvida que constituiu um desafio a produção do artigo científico e envolveu muito trabalho de pesquisa, muita leitura adicional. Em termos de conteúdo, aprendi muito… Os entrevistados são professores de referência, o seu trabalho a nível pedagógico e científico constitui um marco no meu processo de aprendizagem. Recebi todo o apoio do Professor Morten Paulsen e da Professora Lúcia Amante e aos dois quero enviar os meus agradecimentos, embora já o tenha feito de forma pessoal.
Aprendi, com estas atividades, a controlar o excesso de informação… Por vezes o entusiasmo pode ser nosso inimigo e podemos ser induzidos a dar azo a demasiada informação e a não reduzir esta ao desejável, atendendo ao contexto. Em termos de conteúdo, o conjunto de aprendizagens é muito significativo, possibilitando a interligação de uma série de problemáticas que foram abordadas ao longo da unidade curricular.
Na terceira e última temática, Desenho da Aprendizagem Online, realizou-se o último desafio: a construção de um curso online e a planificação exaustiva do mesmo, bem como toda a fundamentação pedagógica do curso. Esta atividade constituiu um apelo a múltiplas aprendizagens e ao desenvolvimento de um número elevado de competências, tais como, elaborar um curso online, desenhar um curso online, fundamentar em termos pedagógicos um curso online, escolher a plataforma correta, trabalhar com o Moodle, etc, etc, … Muita informação, muitos pormenores… Foi um período de entrega e de recolha de documentação muito intenso mas de grande satisfação pessoal. Disponibilizo o documento do plano do curso Educação e Literacia
e a plataforma de elearning escolhida para o desenvolvimento do curso
Ao longo de todo este percurso, tive sempre, como apoio indispensável, o Professor José Mota que manifestou um empenho e uma capacidade de trabalho fora do comum. Encontrei sempre um professor disponível para me fornecer um feedback atempado, frontal, demonstrando com a mesma facilidade as minhas virtudes bem como os meus defeitos em termos académicos. O facto de ter como característica específica, a exigência de um grande rigor em determinados pormenores, fez-me crescer em determinados aspetos que anteriormente não tinham sido explorados. Agradeço-lhe pela minúcia e pelo olhar atento que possibilitaram a aquisição de competências que se encontravam inexploradas.
Para além da presença do professor José Mota ao longo do meu percurso, pude contar com a interação produtiva com alguns colegas de mestrado que me acompanham na minha jornada académica há já muito tempo, com quem troco frequentemente ideias, permitindo uma partilha de aprendizagens conjunta que muito valorizo; são pessoas que muito aprecio pela sua dedicação e trabalho e pela sua postura face à aprendizagem.
Terminada esta etapa do meu roteiro, espero que novos desafios se apresentem no meu caminho e que a cada desafio que me é colocado eu possa responder com a mesma determinação e gosto pela aprendizagem que penso ter demonstrado nesta unidade curricular.
sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
Processos Pedagógicos em ELearning
Guião das Entrevistas
Open publication - Free publishing - More elearning
Boas Práticas Pedagógicas - Desafios para o Professor Online
Boas Práticas Pedagógicas - Desafios para o Professor Online
domingo, 13 de novembro de 2011
Os meus Ambientes de Aprendizagem
O processo de aprendizagem pode ser definido como a forma como todos nós adquirimos novos conhecimentos, como desenvolvemos capacidades e competências e como estas novas aquisições podem modificar o nosso comportamento e a nossa estrutura emocional.
No entanto, apesar da aprendizagem poder ser formal ou informal, cada vez mais se vai assumindo que, com o advento das novas tecnologias e com a proliferação de ambientes virtuais de aprendizagem, a aquisição de novas competências passa, em muito, pela utilização e exploração eficaz das novas potencialidades que a Web 2.0 introduziu.
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O meu PLE |
Dividi o meu PLE (Personal Learning Environment) em duas linhas de atuação: o meu PC e os dispositivos móveis que utilizo no meu dia a dia (o meu notebook e o meu smartphone). Utilizo ambos para recolher informação, embora trabalhe com maior regularidade no meu portátil.
De seguida, subdividi as ferramentas que utilizo regularmente em ferramentas de publicação, de recolha de informação, de trabalho colaborativo e de comunicação.
As ferramentas de publicação que mais utilizo são o Google Sites, o Wikispaces, e o Blogger, embora as outras ferramentas indicadas sejam utilizadas em grande parte para embeber conteúdos elaborados por mim ou por equipas que integro, nas publicações que necessito de elaborar. Todos os dias conheço, através da partilha com colegas, ou por exploração individual, novas ferramentas de publicação mas, por entender que não domino a sua aplicação, achei por bem não as incluir no meu ambiente de aprendizagem.
Em relação às ferramentas de recolha de informação que mais utilizo, salientei o Google e o Google Académico; mas a informação necessita de ser organizada e, para tal, utilizo o Delicious e o Diigo embora tenha descoberto há pouco tempo o Mendeley. Como me encontro a frequentar o Mestrado de Pedagogia do ELearning na Universidade Aberta, o Moodle é a minha ferramenta de recolha de conteúdos programáticos e de recolha de tarefas a serem realizadas no âmbito das várias unidades curriculares.
As minhas ferramentas de comunicação de eleição são o Skype, o Facebook, o Hotmail e o Gmail; neles encontro um recurso para comunicar com colegas do Mestrado, com os meus amigos, com as instituições, enfim com o mundo… No Mestrado outras portas para o mundo da informação foram abertas e aprendi a apreciar o Twitter e o LinkedIn como ferramentas úteis de comunicação entre grupos específicos de interesses; mas, ainda há muito para explorar…
O trabalho colaborativo que tenho de desenvolver em várias áreas é muito facilitado com as ferramentas Google Sites, Colibri, Wikispaces e Google Docs. Algumas destas ferramentas permitem a edição conjunta o que favorece, em grande, medida o trabalho colaborativo.
O Second Life foi descoberto no âmbito do mestrado e revelou-se uma experiência fantástica, uma verdadeira imersão virtual e uma forma deliciosa de comunicar com outros.
Para além do mestrado, encontro-me a efetuar, em simultâneo, mais duas formações de enriquecimento profissional, que têm contribuído para o conhecimento adicional de novas ferramentas de trabalho, o que fará com que o meu PLE se venha a alterar, de forma significativa, num futuro muito próximo. O foco de principal interessante de um PLE, é verificar como este se vai alterando dia a dia, semana a semana, ano a ano; quando o PLE não se modifica, a aprendizagem estagna o que pode evidenciar pouco investimento pessoal no aumento do conhecimento.
Bibliografia Anotada 2
Ficha Bibliográfica
Título: Personal Learning Environment – A Conceptual Study
Autor: B. Taraghi, M. Ebner, G. Till and H. Mühlburger
Data da Publicação: Setembro 23-25, 2009
Acedido em: 7 de Novembro de 201
Referência Bibliográfica
B. Taraghi, M. Ebner, G. Till and H. Mühlburger. (2009). Personal Learning Environment – A Conceptual Study. Setembro 23-25, Conference ICL2009, Villach, Austria. Acedido a 7 de Novembro de 2011.
Anotações
Este artigo descreve um estudo realizado na Graz University of Tecnology sobre PLE (Personal Learning Environment). Utilizando widgets com a tecnologia JavaFX, foi possível construir um website que foi disponibilizado a estudantes e professores.
A influência das novas tecnologias, bem como a emergência de uma nova forma de absorver informação através da World Wide Web, observada na educação, levanta questões importantes relativas à necessidade de existirem novas propostas pedagógicas para a transmissão e produção de conteúdos programáticos.
No estudo apresentado, entende-se que o PLE representa o futuro da educação, o que provoca a necessidade de mudar os paradigmas educativos, assumidos, até ao momento, como válidos. A aprendizagem encontra-se cada vez mais centrada no aluno e a tecnologia potencia o autodidatismo… Citado pelos autores do artigo, Stephen Downes afirma que “future learning environment which becomes not an institutional or corporate application, but also a learning center, where content is reused and remixed according to the student’s own needs and interests. It becomes, indeed, not a single application, but a collection of interoperating applications – an environment rather than a system”.
Comentário Pessoal
Este artigo é relevante na medida em que a argumentação desenvolvida é suportada por um estudo desenvolvido no âmbito da investigação da problemática do PLE, numa instituição universitária. As conclusões que evidencia, levam a reforçar a ideia de que a aprendizagem já não se encontra centrada nos professores, mas que estes devem atualizar as suas práticas pedagógicas aceitando o facto de que os estudantes são, cada vez mais, responsáveis pelo progresso da sua própria aprendizagem. Todo o artigo se encontra recheado de influências relacionadas com a linha de pensamento dos conectivistas, dos quais se destaca Stephen Downes.
Bibliografia Anotada 1
Ficha Bibliográfica
Titulo: Personal Learning Environments - the future of eLearning?
Autor: Graham Attwell
Ano da Publicação: 2007
Dados Biográficos do Autor: Graham Attwell, nascido em 1953, é o Diretor do Pontydysgu. É membro associado do Institute for Employment Research, do Institut Technik und Bildung e da University of Bremen.
Url:< http://scholar.google.pt/scholar?q=Personal+Learning+Environments+-+the+future+of+eLearning%3F&hl=pt-PT&btnG=Pesquisar&lr=>
Acedido em: 7 de Novembro de 2011
Referência Bibliográfica
Attwell, Graham. (2007). Personal Learning Environments - the future of eLearning?, eLearning papers, Vol. 2, nº1, ISSN 1887-1542, disponível em:
Acedido a 7 de Novembro de 2011
Anotações
Este artigo considera que os Personal Learning Environments, vulgo PLEs, constituem uma peça fundamental para a elaboração de um novo conceito de educação, num futuro próximo, onde as novas tecnologias são a chave para a construção de um novo paradigma educacional.
Cada vez mais se entende a educação como construção pessoal do indivíduo, que se socorre das capacidades que a Web 2.0 lhe faculta, para adquirir as competências que necessita para progredir a nível pessoal e profissional. Cada vez mais se observa que a organização da informação é individual e depende de diferentes contextos, de diferentes situações, o que faz aumentar o peso da educação informal no âmbito da aprendizagem.
O desenvolvimento do mobile learning, o desenvolvimento do software com características sociais, colocam os métodos tradicionais de aprendizagem em questão e novas formas de aprender começam a ser equacionadas. Já não assistimos à tradicional forma de transmitir a informação em que alguém assimila conteúdos e alguém debita informação; hoje, todos somos produtores e consumidores de conhecimento.
Comentário Pessoal
Este artigo de Graham Attwell permite ao leitor tomar consciência do quanto mudaram os paradigmas educacionais com o advento e evolução das novas tecnologias. Para além de nos elucidar sobre o que é um Personal Learning Environment, o artigo manifesta relevância substancial, na medida em que considera a importância crescente da aprendizagem informal nos contextos educativos e da responsabilidade que cada indivíduo pode assumir pela construção do seu próprio conhecimento, atendendo às oportunidades que lhe são facultadas pela inovação e potencialidade das novas tecnologias.
segunda-feira, 31 de outubro de 2011
Ser professor online - Um desafio a enfrentar na sociedade da tecnologia…
Acostumados a lidar com baixa diversidade e mudança lenta, os indivíduos e as instituições encontram-se de súbito a tentar lidar com elevada diversidade e mudança de grande velocidade. As pressões cruzadas ameaçam sobrecarregar a sua competência decisional. O resultado é o choque do futuro. (Toffler, 1984)
As tecnologias de informação reformularam a visão anterior de transmissão de conhecimentos, alterando a nossa percepção de Educação e a consequente mudança nos processos de ensino e de aprendizagem - "A metáfora que agora parece perfilar-se para nos inspirar é a metáfora da rede." (Figueiredo, 2002).
Com o aparecimento de novos paradigmas da produção e da divulgação do conhecimento, com a evolução permanente dos suportes informáticos, a aprendizagem online, as salas de aula virtuais e os e-formadores tornaram-se uma realidade cada vez mais frequente o que manifesta a necessidade de existir uma reflexão acerca do papel de todos os protagonistas neste conceito de processo educativo. Na impossibilidade de focar o papel de todos os agentes importantes no processo de ensino e aprendizagem em ambiente virtual, foquemos a nossa atenção sobre o papel do e-professor no âmbito do elearning.
Comemos por analisar a palavra formação, donde deriva o conceito de e-formador, ou do e-professor: ato, efeito ou modo de formar, tudo o que molda o caráter, a personalidade, conjunto de conhecimentos e habilidades específicos de um determinado campo de atividade prática ou intelectual. (Houaiss, 2011). Quando nos contextualizamos no ensino a distância, os termos professor, formador, tutor, são precedidos pelo prefixo e-, dando origem a novos termos como e-formador, e-professor; consequentemente, um e-formador é aquele que forma, que educa, que transparece aos estudantes um conjunto de aptidões que o habilitam a instruir, a orientar o percurso de outros. Como se observa este é um conceito amplo, em permanente mudança que se opera ao ritmo da tecnologia e que surge como resultado da interligação de três vertentes da Educação: Pedagogia, Tecnologia e Comunicação. É nesta senda que propomos uma reflexão acerca do perfil e das funções do professor online.
Mason (1998) analisa o papel e as tarefas de um e-formador de acordo com três dimensões:
1. Interação entre o formando e o formador;
2. Interação entre o formando e o conteúdo
3. Interação entre os formandos.
Segundo Rodrigues, alguns autores acrescentam uma quarta dimensão que se reporta à interação entre o formando e a interface ou plataforma. Pretende-se assim, que o formador a distância seja um organizador e um facilitador de conteúdos e um promotor de interações entre os diferentes agentes do processo ensino/aprendizagem, utilizando para atingir os fins a que se propõe diversas técnicas pedagógicas que possibilitem uma aprendizagem significativa.
Salmon (2000) advoga que as tarefas do formador online se situam em cinco níveis de atuação:
1º Nível - o formador deve apoiar e facilitar o acesso de cada um dos estudantes ao sistema sem o qual a participação não é viável;
2º Nível - o formador deve assegurar que cada formando se identifique face aos outros, partilhando a sua identidade possibilitando, desta forma, uma primeira interação que serve de caminho a futuras interações com os colegas e formador;
3º Nível - o formador deve incentivar os estudantes à troca de informação com os seus colegas;
4º Nível - o formador deve estimular as discussões focadas nos conteúdos do curso que ministra para que a colaboração entre estudantes se acentue;
5º Nível - o formador deve motivar os estudantes a alcançar as suas metas pessoais, estimulando a interligação entre os conteúdos fornecidos no âmbito do curso, com outras formas de apresentação de conteúdos e com outras formas de aprendizagem de modo a que possam fazer uma autoreflexão sobre o seu próprio percurso de aprendizagem.
Berge (1995) prevê a intervenção dos formadores em quatro áreas distintas, a saber:
Área Pedagógica - o formador dispõe de várias técnicas pedagógicas para que o estudante se aproxime dos diferentes conceitos, princípios e competências definidas nos objetivos gerais e específicos do curso; deve desempenhar o papel de facilitador de conteúdos de caráter educacional e procurar atender às necessidades de aprendizagem dos formandos;
Área Social - o formador deve fomentar um ambiente aprazível que promova a aprendizagem, desenvolva as relações humanas e facilite a coesão do grupo;
Área de Gestão - o formador deve calendarizar as várias etapas da formação, bem como definir os objetivos e regras de participação, os procedimentos, a avaliação, ou seja, é responsável pela gestão administrativa e organizativa de todo o curso;
Área Técnica - o formador deve providenciar aos estudantes a possibilidade de se sentirem confortáveis com a tecnologia e que esta seja de transparente utilização.
O ensino a distância reveste-se de um cenário técnico e pedagógico que possibilita a criação de contextos de ensino/aprendizagem particulares, apoiados em pressupostos tecnológicos e nas concepções de natureza pedagógica manifestando-se fundamental a existência de ferramentas tecnológicas, com potencialidades conhecidas pelo formador, mas, em simultâneo, de um quadro conceptual cientifico e pedagógico favorável, que conjugue a técnica com o sentido atribuído à aprendizagem.
Para colocar em prática tantas exigências que constituem as demandas de um e-formador, são necessárias competências e habilidades muito específicas, quer pedagógicas, quer tecnológicas, quer comunicacionais. Pretende-se que no perfil de um e-formador se integre o facto de ser um excelente professor, ou seja, um profissional que goste de interagir com os alunos e que esteja pedagogicamente habilitado para procurar as melhores estratégias que potenciem e motivem a aprendizagem dos seus formandos. Por outro lado, deve ter competências técnicas reconhecidas, ser positivo, proativo, persistente e, sobretudo, inovador nas atividades que propõe aos seus formandos.
Porquê a ênfase na capacidade de inovar constantemente exigida ao e-formador?
Numa sociedade movida pela tecnologia em que o Skype, o Twitter, o Facebook, os blogues e tantas outras ferramentas que possibilitam a comunicação e a troca de ideias entre as pessoas, ninguém espera que os professores controlem os conteúdos que os aprendentes consultam. É necessária inovação e capacidade de adaptação e a ambição de atingir objetivos sem esperar deter o controlo da situação.
Networks thin classroom walls. Experts are no longer “out there” or “over there”. Skype brings anyone, from anywhere, into a classroom. Students are not confined to interacting with only the ideas of a researcher or theorist. Instead, a student can interact directly with researchers through Twitter, blogs, Facebook, and listservs. The largely unitary voice of the traditional teacher is fragmented by the limitless conversation opportunities available in networks. When learners have control of the tools of conversation, they also control the conversations in which they choose to engage. (Siemens, 2010)
Mason, R. ,(1998). Using comunications media in open and flexible learning. London: Kogan Page.
Rodrigues, Eloy. (2004). O papel do e-formador (formador a distância), acedido a 22 de Outubro de 2011
<http://repositorium.sdum.uminho.pt/handle/1822/6412>
Salmon, Gilly (2000), E-Moderating: the key to teaching and learning online. London: Kogan Page.
Toffler, A. (1984), A terceira vaga, Lisboa, Livro do Brasil.
Siemens, George (16-02-2010). Teaching in Social and Technological Networks.Connectivism.
< http://www.connectivism.ca/?p=220>
Referências Bibliográficas
Berge, Z.L, (1995), Faciliting computer conferencing: recomendations from de field. Educational Tecnology.
Figueiredo, António Dias (2002) Redes de educação: a surpreendente riqueza de um conceito, in Conselho Nacional de Educação (2002), Redes de Aprendizagem, Redes de Conhecimento, Conselho Nacional de Educação, Ministério da Educação, ISBN: 972-8360-15-0, Lisboa, Maio de 2002.
Houaiss (2011). Dicionário de Língua Portuguesa, Círculo de Leitores.
Figueiredo, António Dias (2002) Redes de educação: a surpreendente riqueza de um conceito, in Conselho Nacional de Educação (2002), Redes de Aprendizagem, Redes de Conhecimento, Conselho Nacional de Educação, Ministério da Educação, ISBN: 972-8360-15-0, Lisboa, Maio de 2002.
Houaiss (2011). Dicionário de Língua Portuguesa, Círculo de Leitores.
Mason, R. ,(1998). Using comunications media in open and flexible learning. London: Kogan Page.
Rodrigues, Eloy. (2004). O papel do e-formador (formador a distância), acedido a 22 de Outubro de 2011
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Salmon, Gilly (2000), E-Moderating: the key to teaching and learning online. London: Kogan Page.
Toffler, A. (1984), A terceira vaga, Lisboa, Livro do Brasil.
Siemens, George (16-02-2010). Teaching in Social and Technological Networks.Connectivism.
< http://www.connectivism.ca/?p=220>
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
Reflexão sumária sobre Pedagogia do ELearning
Segundo Humbert Pinto, a pedagogia, enquanto teoria da educação, tem uma importância incontestável na orientação da prática educativa. Podemos identificar a pedagogia como o campo de conhecimento que se debruça sobre e na educação. Podemos considerá-la campo de conhecimento porque a sua esfera de atuação não se prende apenas com teorias científicas mas envolve outras formas e tipos de saberes. Porquê sobre a educação? Porque teoriza e sistematiza as práticas educativas que se vão registando ao longo dos tempos e articula-as com saberes que vão sendo produzidos. Porquê na educação? Porque se materializa nas práticas educativas que constituem os pilares da atuação dos educadores e formadores, no exercício da sua prática docente.
Segundo Azevedo, quando nos referimos a pedagogia do elearning, estamos a focar um campo específico da pedagogia que estuda o processo de ensino/aprendizagem em ambientes online. Quando falamos em processo ensino/aprendizagem, colocamos o enfoque num processo de construção do conhecimento que se deseja coletivo e que surge em todos os ângulos que o perspetivam; não aprende apenas o educando, mas também o educador. A aprendizagem é um fenómeno complexo, baseado em múltiplas interações e que deve ser objeto de preocupação do docente, em particular do docente online. A especificidade da pedagogia do elearning tem a ver com o facto de neste tipo de ensino se utilizarem tecnologias que permitem novas formas de interação com os conteúdos informativos e entre formandos e formadores.
A partir do momento em que nos embrenhamos em ambientes online, percebemos que, para além da informação que é disponibilizada, é muito importante a utilização de recursos de comunicação interpessoal que as novas tecnologias possibilitam, que nos permitam a troca de ideias e o contacto com outras fontes de saber, com novas perspetivas, que nos enriqueçam a vários níveis.
Subjacente ao conceito de pedagogia, encontramos o conceito de modelo pedagógico, sendo este um dos conceitos mais importantes dado que permite comparar, simular e compreender fenómenos a partir da construção desse modelo; evidencia-se, assim, como uma representação mental compartilhada de um conjunto de relações que definem um fenómeno e que o interpretam à luz de determinado construto teórico. Embora um modelo pedagógico possa ser inspirado numa ou em mais teorias de aprendizagem, normalmente reflete um paradigma vigente sustentado por um suporte teórico.
Podemos questionar, neste momento da reflexão, qual o modelo que melhor serve os interesses do ensino a distância e qual a pedagogia mais eficiente a aplicar nas práticas docentes deste tipo de ensino.
Com o objetivo de chegar a uma conclusão plausível, analisemos as três pedagogias que Anderson propõe no seu artigo Three generations of distance education pedagogy, embora Conole no seu trabalho Review of Pedagogical Models And Their Use In Elearning as perspective de uma forma mais abrangente: a pedagogia cognitivista e behaviorista, a pedagogia socioconstrutivista e, finalmente a pedagogia conectivista.
A pedagogia cognitivobehaviorista, apoiada nos estudos de Watson, Thordike e Skinner, defende o livre acesso à educação por todos, fornecendo uma formação low cost. No entanto, o processo excessivamente estruturado da formação reduz significativamente a presença social e a presença de ensino, enfatizando-se excessivamente a cognição como motor da aprendizagem.
A pedagogia socioconstrutivista sustenta que a construção do conhecimento é individual e responsabilidade do sujeito aprendente. Com raízes no pensamento de Vygotsky e Dewey, defensores da construção de conhecimento por scaffolding, a pedagogia socioconstrutivista apoia-se na tecnologia para criar oportunidades para a comunicação síncrona e assíncrona que facilitem a comunicação entre educandos e entre educandos e educadores. O educador é encarado como um mediador da aprendizagem, um facilitador de recursos, tendo o aprendente o principal papel na construção do seu saber através das interações que estabelece com os conteúdos e com os outros aprendentes e mesmo com o seu tutor. No entanto, esta perspetiva é onerosa, depende em excesso da tecnologia e utiliza meios que constituem uma sobrecarga para a instituição que a suporta.
A pedagogia conectivista, sustentada nos princípios defendidos por Siemens ou Downes, advoga que a aprendizagem é um processo desenvolvido e potenciado através da utilização das redes de informação, contactos e recursos que nos permitam responder com eficácia aos problemas com que nos deparamos diariamente. Não se trata de exercitar a memória, mas de desenvolver competências para procurar e encontrar aplicações que permitam solucionar múltiplas questões. No entanto, nem todos os indivíduos têm a capacidade financeira ou estrutural para acederem à tecnologia necessária para a aquisição de conhecimento através de redes ligadas por interesses comuns. A dificuldade em aprender múltiplas tecnologias, a aprendizagem da navegação no ciberespaço, a falta de competência digital, a falta de cultura em geral, podem constituir entraves para a aprendizagem e podem ser fatores redutores da motivação.
Em suma, nenhum modelo pedagógico fornece todas as respostas para todas as questões… Cada um dos modelos, cada pedagogia apresentada, exibe pontos fortes e pontos fracos, pontos redutores e pontos potenciadores de uma aprendizagem consistente em ensino a distância. Qual o ponto de equilíbrio?
O mais sensato será aproveitar o que cada modelo apresenta como favorável e adaptá-lo a cada situação e às particularidades que cada momento de aprendizagem apresenta. O mais importante é não ser excludente em relação a cada proposta pedagógica mas aproveitar o que de melhor cada uma oferece para potenciar o desenvolvimento do estudante em cada passo da sua aprendizagem. A cognição deve ser considerada como um elemento importante na formação, mas não deve ser exacerbada… A interação com os outros como elemento potenciador das aprendizagens é importante mas não deve excluir os momentos de reflexão pessoal… A tecnologia proporciona vantagens em termos de comunicação e obtenção de conhecimento através das redes de informação, mas não é a única forma de aprender… Em educação tudo tem o seu peso…
Referências Bibliográficas
Anderson, Terry & Dron, Jon (2011). Three generations of distance education pedagogy. IRRODL.
http://www.irrodl.org/index.php/irrodl/article/view/890.
Connole, Grainne (2011). Review of Pedagogical Models And Their Use In Elearning.
Azevedo, Wilson. Elearning como elemento de Integração no Processo Educacional.
Connole, Grainne (2011). Review of Pedagogical Models And Their Use In Elearning.
http://www.slideshare.net/grainne/pedagogical-models-and-their-use-in-elearning-20100304.
Pinto, Umberto. Um conceito amplo de pedagogia
Pinto, Umberto. Um conceito amplo de pedagogia
http://www.metodista.br/ppc/multiplas-leituras/multiplas-leituras-01/um-conceito-amplo-de-pedagogia
Siemens, George (12-12-2004). Connectivism: A Learning Theory for the Digital Age. elearnspace.
http://www.elearnspace.org/Articles/connectivism.htm.
Siemens, George (12-12-2004). Connectivism: A Learning Theory for the Digital Age. elearnspace.
http://www.elearnspace.org/Articles/connectivism.htm.
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